O governo do Rio Grande do Sul lançou um apelo por voluntários dispostos a acolher animais silvestres resgatados do tráfico. A iniciativa visa oferecer um lar seguro para esses animais, que muitas vezes são vítimas de maus-tratos. A partir de agora, os interessados podem solicitar a guarda legal de animais, comprometendo-se a cuidar deles e a não permitir sua venda ou reprodução, com a supervisão do estado.
Um exemplo é o caso de Betina e Beatriz, duas macacas-prego que foram resgatadas e agora recebem cuidados na casa de Natália Andreghetto, uma empresária e voluntária na proteção animal. "Elas tinham muito medo, e hoje estão começando a pular, a ser livres", relata Natália, destacando a evolução das macacas desde que chegaram a seu lar.
A medida também busca aliviar a superlotação de zoológicos e centros de reabilitação, que frequentemente recebem animais em condições críticas. Ana Carolina Contri, médica veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), explica que muitos animais não conseguem retornar à vida selvagem devido a lesões, tornando a guarda legal uma alternativa viável para seu bem-estar.
Atualmente, cerca de 150 animais silvestres estão disponíveis para guarda legal no estado. Cátia Viviane Gonçalves, diretora de biodiversidade da Secretaria de Meio Ambiente e Infraestrutura do RS, enfatiza a importância de proporcionar um ambiente adequado para esses animais, que muitas vezes precisam de cuidados especiais. Natália já planeja expandir seu espaço para acolher mais animais, reafirmando seu compromisso com a causa.