O governo de São Paulo afastou seis auditores fiscais suspeitos de envolvimento em um esquema de corrupção relacionado a fraudes fiscais. O processo administrativo foi instaurado na sexta-feira, 22 de agosto, e os auditores afastados são Artur Takefume Hamanaka, Fernando Kenji Iwai, Marcel Ono, Maria Cecília Grava Trentini, Maria da Conceição Rodrigues Fabaro e Selma Laltuf da Costa. Eles não foram alvos da Operação Ícaro, que revelou o esquema de adiantamento de créditos tributários e ressarcimento de ICMS-ST a empresas como Fast Shop e Ultrafarma.
O auditor fiscal Artur Gomes da Silva Neto, apontado como principal operador do esquema, foi exonerado na quinta-feira, 21 de agosto, após ser preso no dia 12. Ele teria recebido mais de R$ 1 bilhão em propinas desde 2021 para manipular processos administrativos e facilitar o adiantamento de créditos tributários. A investigação do Ministério Público de São Paulo (MPSP) também apura o aumento patrimonial da empresa Smart Tax, em nome da mãe do fiscal, que saltou de R$ 411 mil para R$ 2 bilhões entre 2023 e 2025.
As consequências desse escândalo incluem a revogação de um decreto que simplificava o ressarcimento de ICMS, medida que pode ter facilitado as fraudes ao reduzir o número de servidores envolvidos nas operações. O MPSP continua a investigar se outras empresas, como a Rede Nos e Kalunga, estavam cientes da origem irregular dos créditos adquiridos. O caso destaca a necessidade de maior rigor na fiscalização e controle das operações fiscais no estado.