O governo de El Salvador, liderado pelo presidente Nayib Bukele, instituiu um novo código de vestimenta e corte de cabelo para os estudantes, proibindo estilos como o moicano. A ministra da Educação, Karla Trigueros, que também é médica, supervisionou a implementação das novas diretrizes, que exigem uniformes limpos e comportamentos respeitosos nas escolas. Alunos que não cumprirem as regras enfrentarão redução de notas e a obrigatoriedade de realizar serviços comunitários.
As mudanças foram comunicadas por meio de um memorando enviado aos diretores das escolas e têm gerado um aumento na demanda por cortes de cabelo tradicionais em barbearias e salões. A medida é parte da estratégia de Bukele para transformar o sistema educacional do país, embora tenha sido criticada por entidades sindicais que a consideram autoritária e uma forma de militarização da educação. O presidente defende a necessidade de tais mudanças para construir um El Salvador idealizado por ele.
Bukele, que está no poder desde 2019 e já aprovou reformas que lhe permitem permanecer no cargo indefinidamente, tem se mostrado orgulhoso de seu viés autoritário. A proibição de cortes de cabelo populares entre os jovens é vista como um reflexo de sua oposição à diversidade e à ideologia de gênero. As implicações dessa política vão além da aparência dos estudantes, levantando questões sobre os direitos humanos e a liberdade individual no país.