O governo brasileiro confirmou que a Conferência das Partes (COP30) da ONU será realizada em Belém, Pará, desconsiderando as pressões internacionais para transferir o evento. O embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP30, afirmou em videoconferência que "não há plano B" e que a cúpula dos líderes ocorrerá na capital paraense, mesmo diante das dificuldades logísticas e do aumento exorbitante dos preços de acomodações na cidade.
A menos de 100 dias para o início da conferência, representantes de países em desenvolvimento expressaram preocupações sobre a alta dos preços de hospedagem, que aumentaram de 10 a 15 vezes em relação ao normal. Durante uma reunião de emergência no escritório climático da ONU, foi sugerido ao Brasil que partes da COP30 fossem transferidas para aliviar a pressão sobre a oferta de acomodações, proposta que foi rejeitada pelo governo brasileiro.
O Palácio do Planalto reiterou que não há discussões sobre a mudança da cidade-sede e que o compromisso é realizar uma conferência climática inclusiva e acessível. Com investimentos de R$ 4 bilhões para melhorar a infraestrutura local, o governo busca não apenas sediar a COP30, mas também atrair investimentos para o estado, conforme o interesse do governador do Pará, Hélder Barbalho, aliado político de Lula. As preocupações sobre a logística da conferência incluem a proximidade das acomodações, a oferta de alimentação e a capacidade dos aeroportos para receber o fluxo de visitantes.