BRASÍLIA – O governo brasileiro decidiu adiar, por enquanto, a implementação de retaliações diretas contra a tarifa de importação de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. A medida, que entra em vigor nesta semana, levou Brasília a focar em iniciativas de alívio para as empresas mais afetadas, conforme informaram fontes do governo.
As isenções concedidas na ordem executiva do presidente dos EUA, Donald Trump, na semana passada, beneficiaram setores vulneráveis da economia brasileira, trazendo alívio a investidores e líderes empresariais. Em resposta, o governo brasileiro optou por uma abordagem cautelosa, evitando provocações que poderiam intensificar as tensões comerciais.
As negociações com Washington devem ser complexas e lentas, e o governo está priorizando medidas imediatas de apoio aos exportadores, como linhas de crédito e financiamento à exportação. Embora existam discussões sobre possíveis retaliações que poderiam afetar empresas norte-americanas, essas ações são vistas como último recurso, caso as negociações não avancem. Além disso, o Brasil planeja apresentar uma queixa formal à Organização Mundial do Comércio (OMC) contra as tarifas, embora a resolução seja considerada improvável no atual cenário da organização.