O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta quarta-feira (6) que a pasta enviará ao Palácio do Planalto, nas próximas horas, propostas de proteção a setores impactados pelo aumento de tarifas de importação de 50% imposto pelos Estados Unidos. O objetivo é resguardar principalmente as pequenas empresas brasileiras afetadas pela medida.
Haddad informou que as ações a serem implementadas incluem a criação de linhas de crédito com juros subsidiados, visando mitigar os efeitos do tarifaço. As propostas precisam da aprovação do governo federal e devem ser formalizadas por meio de uma Medida Provisória (MP). O ministro destacou que a definição do dia do anúncio oficial ficará a cargo do Palácio do Planalto.
As tarifas, que entram em vigor hoje, foram estabelecidas pelo presidente norte-americano Donald Trump e visam reabrir negociações e normalizar as relações diplomáticas entre Brasil e EUA. O decreto, que também inclui uma lista de exceções para produtos como suco de laranja e aeronaves civis, foi justificado pela Casa Branca como uma resposta a ações do governo brasileiro que ameaçariam a segurança nacional e a economia dos Estados Unidos.
Durante uma reunião com o presidente, Haddad detalhou o plano de ação e afirmou que um relatório do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) ajudará na análise setorial das empresas afetadas, embora a implementação das medidas não dependa desse documento. O governo brasileiro busca, assim, minimizar os impactos econômicos decorrentes das novas tarifas impostas pelos EUA.