O governo brasileiro anunciou, nesta sexta-feira (22), a abertura de consultas públicas para dois leilões de capacidade de energia. As usinas termelétricas a carvão, óleo e gás natural, além da expansão de hidrelétricas, estão habilitadas para a disputa, conforme proposta publicada no Diário Oficial da União. Essa iniciativa é crucial para o setor elétrico, que enfrenta desafios com a crescente geração de energia eólica e solar, fontes intermitentes que afetam a estabilidade do fornecimento.
As consultas públicas terão duração de 20 dias, com o governo demonstrando pressa em realizar o leilão em março de 2026. O certame anterior, previsto para junho, foi adiado devido a questionamentos judiciais. As empresas interessadas incluem Petrobras, Âmbar Energia e Eneva, que já manifestaram interesse na disputa. O governo propõe que apenas termelétricas existentes participem inicialmente, enquanto novos projetos terão restrições quanto ao uso de carvão e óleo por questões ambientais.
A inclusão de combustíveis fósseis nos leilões visa maximizar a competição e atender à demanda crescente por energia. O governo defende que o uso dessas fontes proporcionará segurança ao sistema durante a transição energética. As térmicas a gás existentes devem começar a ofertar energia entre 2026 e 2027, enquanto as hidrelétricas poderão iniciar o suprimento em 2030, com contratos de 15 anos. Essa estratégia reflete a necessidade de diversificação das fontes energéticas no Brasil.