O governo brasileiro decidiu adiar planos de retaliação contra a tarifa de importação de 50% imposta pelos Estados Unidos, que entra em vigor nesta semana. Em vez disso, a administração federal está concentrando esforços em oferecer suporte a setores mais afetados pela medida, conforme revelaram fontes próximas à estratégia governamental.
As isenções concedidas na ordem executiva do presidente Donald Trump, na semana passada, beneficiaram setores vulneráveis da economia brasileira, trazendo alívio a investidores e líderes empresariais. A cautela do governo em provocar retaliações diretas se deve ao desejo de evitar um agravamento das tensões comerciais entre os dois países.
Embora o governo esteja considerando possíveis respostas que poderiam impactar empresas norte-americanas, essas ações são vistas como último recurso, caso as negociações não avancem. Além disso, o Brasil planeja apresentar uma queixa formal à Organização Mundial do Comércio (OMC) contra as tarifas, apesar da paralisia do sistema de solução de controvérsias do órgão desde o primeiro mandato de Trump.