A Moratória da Soja no Brasil, um acordo que visa reduzir o desmatamento na Amazônia, está sob ameaça devido a divergências entre órgãos governamentais sobre sua legalidade. O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) iniciou uma investigação e pode suspender o pacto que impede a compra de soja de fazendas desmatadas, o que representa um risco crescente para as tradings globais de grãos. O superintendente do Cade, Alexandre Barreto de Souza, sugere que a moratória pode ter criado um cartel, enquanto o Ministério do Meio Ambiente defende sua eficácia na proteção da floresta. A possível revogação do acordo pode reverter os avanços na preservação ambiental e aumentar a pressão sobre áreas ainda legalmente desmatáveis na Amazônia, conforme alertou André Lima, do Ministério do Meio Ambiente. O futuro da moratória também está ligado a processos judiciais em andamento que questionam sua legalidade, o que pode levar a um aumento no desmatamento e a uma crise no setor agrícola.