O governo federal brasileiro anunciou a aquisição direta de alimentos que foram impactados pelo tarifaço de 50% imposto pelo governo dos Estados Unidos sob produtos brasileiros. A medida, que dispensa o processo licitatório, foi formalizada por uma portaria conjunta dos ministérios do Desenvolvimento Agrário e da Agricultura e abrange itens como açaí, água de coco, castanha de caju, entre outros, com o objetivo de abastecer escolas públicas e formar estoques estratégicos.
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, enfatizou que essa iniciativa é crucial para assegurar a renda dos produtores que sofreram perdas devido às tarifas. Para participar das compras, os agricultores devem comprovar os danos por meio de uma Declaração de Perda na exportação. Além disso, o vice-presidente Geraldo Alckmin solicitou ao Congresso Nacional agilidade na votação de propostas que visam facilitar o comércio exterior e oferecer suporte financeiro aos exportadores prejudicados.
Com um plano de socorro que prevê até R$ 40 bilhões em financiamentos, sendo R$ 30 bilhões do Fundo Garantidor de Exportações e R$ 10 bilhões do BNDES, o governo busca mitigar os efeitos negativos das tarifas sobre as exportações brasileiras. A prioridade será dada às empresas que enfrentaram perdas significativas em seu faturamento, garantindo que nenhuma delas fique para trás nesse processo de recuperação econômica.