O governo federal brasileiro anunciou a aquisição direta de alimentos que sofreram impacto devido ao tarifaço imposto pelo governo de Donald Trump. A medida, que não requer licitação, abrange produtos como açaí, água de coco e castanha de caju, e destina-se principalmente a escolas públicas e à formação de estoques. Os produtores afetados deverão comprovar perdas na exportação para participar do processo de compra, que faz parte do “Plano Brasil Soberano”.
A portaria conjunta dos ministérios do Desenvolvimento Agrário e da Agricultura foi elaborada para assegurar renda aos setores prejudicados pelas tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos. O ministro Carlos Fávaro enfatizou que a iniciativa minimiza os impactos negativos do tarifaço e que a lista de produtos pode ser ampliada conforme necessário. Além disso, o vice-presidente Geraldo Alckmin solicitou ao Congresso Nacional celeridade na votação de propostas que visam facilitar o comércio exterior e apoiar os exportadores brasileiros.
Os recursos destinados ao socorro financeiro chegam a R$ 40 bilhões, com R$ 30 bilhões provenientes do Fundo Garantidor de Exportações e R$ 10 bilhões do BNDES. O presidente do banco, Aloizio Mercadante, destacou que as prioridades incluem empresas que perderam mais de 5% do faturamento bruto devido às tarifas. A aprovação das propostas no Congresso é considerada essencial para revitalizar o setor exportador e abrir novos mercados para as empresas brasileiras.