O governo da Argentina, sob a liderança de Javier Milei, declarou que ainda não recebeu o pedido de asilo do ex-presidente Jair Bolsonaro, que foi encontrado pela Polícia Federal (PF) em seu celular. A PF indiciou Bolsonaro e seu filho, Eduardo Bolsonaro, por suspeitas de coação no processo relacionado à tentativa de golpe de Estado, revelando que o ex-presidente havia planejado sua fuga para a Argentina. Durante as investigações, a PF descobriu um documento editável que solicitava asilo político em regime de urgência, indicando que Bolsonaro estava se preparando para evitar a aplicação da lei penal.
O relatório da PF também revelou que mensagens e áudios apagados no celular de Bolsonaro reforçam as tentativas de intimidar autoridades brasileiras e obstruir inquéritos relacionados à trama golpista. O documento encontrado foi criado por um usuário identificado como “Fernanda Bolsonaro”, sugerindo um vínculo com a nora do ex-presidente. Além disso, a investigação inclui medidas contra o pastor Silas Malafaia, que é alvo de mandados de busca e apreensão.
As implicações dessa situação são significativas, pois levantam questões sobre a legalidade das ações de Bolsonaro e a possibilidade de sua evasão para a Argentina. A investigação, iniciada pela Procuradoria-Geral da República, destaca a gravidade das acusações contra o ex-presidente e seu círculo próximo. A continuidade das apurações poderá impactar não apenas a vida política de Bolsonaro, mas também as relações entre Brasil e Argentina, especialmente em um contexto de crescente tensão política.