O governo brasileiro divulgou nesta sexta-feira (29) o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) para 2026, que será enviado ao Congresso Nacional. A proposta, que representa o último ano do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, prevê um superávit primário de R$ 34,3 bilhões, equivalente a 0,25% do PIB, além de detalhar as despesas e receitas públicas para o próximo ano, incluindo um salário mínimo projetado de R$ 1.631.
Entre os principais pontos do orçamento, destaca-se a previsão de crescimento do PIB em 2,44% e a redução da taxa Selic, atualmente em 15%, para 13,11% em 2026. O orçamento também assegura os pisos constitucionais para saúde e educação, com despesas primárias limitadas a R$ 2,428 trilhões. Além disso, o projeto destina R$ 40,8 bilhões para emendas parlamentares e prevê um aumento nas despesas com pessoal.
As implicações do PLOA são significativas, especialmente em um ano eleitoral, onde a contenção de gastos será um desafio. A proposta não inclui reajuste no valor médio do Bolsa Família, mantendo-o em R$ 671 por família. Com a pressão crescente nas despesas obrigatórias, especialmente em Previdência e Assistência Social, o governo terá que equilibrar suas promessas com a realidade fiscal.