O governo brasileiro realizou sete trocas na composição da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS nesta quarta-feira, 27 de agosto, após uma derrota na definição do controle da comissão. A CPMI, que investiga desvios no Instituto Nacional do Seguro Social, é liderada pelo deputado Paulo Pimenta (PT-RS). As mudanças visam fortalecer a base governista em um momento crítico, com a oposição também realizando alterações em sua composição.
As modificações na CPMI ocorrem um dia após o partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deixar o maior bloco de partidos na Câmara dos Deputados, que apoiava a eleição de Hugo Motta (Republicanos-PB) para a presidência da Casa. Entre as principais alterações, destaca-se a substituição do deputado Rafael Brito (MDB-AL) por Ricardo Maia (MDB-BA), além de mudanças significativas nas vagas ocupadas por senadores e deputados da oposição. A CPMI se reunirá nesta quinta-feira, 28, para ouvir depoimentos de figuras-chave como Patrícia Bettin Chaves e Bruno Oliveira Pereira Bergamaschi.
As implicações dessas mudanças são significativas, pois refletem a tentativa do governo de recuperar o controle sobre a CPMI e garantir que as investigações sobre fraudes no INSS avancem de maneira favorável à sua agenda. Além disso, a eleição do deputado Duarte Jr (PSB-MA) para a vice-presidência da comissão, com apoio da oposição, indica uma dinâmica política complexa em que alianças podem ser formadas em torno de questões específicas, como os direitos dos aposentados. A CPMI já convocou dez ex-presidentes do INSS para depor, incluindo Alessandro Stefanutto, envolvido em um esquema de desvios.