Em 20 de agosto de 2025, a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, convocou uma reunião de emergência no Palácio do Planalto com líderes governistas após a derrota na instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigará fraudes do INSS. Durante o encontro, os participantes reconheceram erros na articulação política e expressaram surpresa com o resultado, que culminou na escolha do senador Carlos Viana (Podemos-MG) para presidir a comissão em detrimento do aliado Omar Aziz (PSD-MA).
Os líderes presentes, incluindo Randolfe Rodrigues (PT-AP) e Paulo Pimenta (PT-RS), discutiram as implicações da nova composição da CPMI, especialmente em relação ao relator Alfredo Gaspar (União Brasil-AL), que possui apenas 28% de alinhamento com o governo nas votações. A escolha de Gaspar levanta preocupações sobre a condução da investigação e a possibilidade de que ele mire também em integrantes da gestão Lula, conforme indicou em sua declaração sobre responsabilização por omissão.
Com a situação delicada, os governistas começaram a traçar novas estratégias para os próximos passos na CPMI. O ex-ministro Paulo Pimenta será o coordenador da base governista na comissão e enfatizou que o governo é o maior interessado em esclarecer as fraudes no INSS. A reunião no Planalto reflete a urgência em reverter a percepção de fragilidade política e garantir que a investigação não prejudique ainda mais a imagem do governo Lula.