O Google concordou em pagar US$30 milhões para resolver uma ação judicial que alega violação da privacidade de crianças no YouTube. A ação, que afirma que a empresa coletou informações pessoais sem o consentimento dos pais, foi apresentada em um tribunal federal de San Jose, Califórnia, e aguarda a aprovação da juíza Susan van Keulen. Este acordo preliminar surge após um compromisso anterior da empresa em 2019, quando pagou US$170 milhões por acusações semelhantes da Comissão Federal de Comércio dos EUA.
Os advogados dos autores da ação afirmam que o Google permitiu que provedores de conteúdo atraíssem crianças com desenhos animados e músicas infantis, coletando dados pessoais mesmo após o acordo de 2019. A juíza já indeferiu reivindicações contra empresas como Hasbro e Mattel, citando falta de provas. A ação abrange crianças norte-americanas com menos de 13 anos que assistiram ao YouTube entre 1º de julho de 2013 e 1º de abril de 2020, podendo envolver entre 35 milhões e 45 milhões de participantes.
O impacto desse acordo pode ser significativo, pois levanta questões sobre a proteção da privacidade infantil na era digital. Críticos consideram que os acordos anteriores foram brandos e questionam se as mudanças implementadas pelo Google são suficientes para garantir a segurança das informações das crianças. O caso destaca a crescente preocupação com a privacidade online e a responsabilidade das plataformas digitais em proteger seus usuários mais vulneráveis.