Goiás enfrenta uma grave crise de segurança no trânsito, com uma média de 600 mortes anuais em acidentes de motocicleta. De acordo com o Observatório da Segurança Pública, entre 2023 e 2024, foram registradas 1.205 vítimas fatais, e somente no primeiro semestre de 2025, já são mais de 243 óbitos confirmados, representando quase 40% do total de fatalidades no trânsito do estado. O excesso de velocidade é apontado como o principal fator associado a esses sinistros.
Para chamar a atenção sobre o problema, o Departamento Estadual de Trânsito (Detran-GO) lançou a campanha “No trânsito, a pressa deixa marcas”, que traz relatos reais de vítimas e familiares que perderam entes em acidentes. O presidente do Detran-GO, Waldir Soares, enfatizou a necessidade de reflexão sobre os riscos que corremos para ganhar apenas alguns minutos. Além das mortes, o alto número de feridos gera um impacto significativo no sistema público de saúde, com estimativas indicando que para cada vítima fatal, quatro ou cinco pessoas ficam gravemente feridas.
Dados da Secretaria Estadual de Saúde mostram que os hospitais regionais estão sobrecarregados com atendimentos relacionados a sinistros envolvendo motociclistas. O custo estimado para o atendimento dessas vítimas chegou a R$ 4,1 milhões em apenas um semestre. Com um total de 633 mortes registradas entre janeiro e junho de 2025, a situação exige ações urgentes para melhorar a segurança no trânsito e reduzir o número de fatalidades.