A Prefeitura de Goiânia iniciou a instalação de grama sintética em diversos espaços públicos, incluindo o canteiro central da Avenida Castelo Branco e da Rua 44. A Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) justificou a ação como um projeto-piloto para melhorar a estética das vias e avaliar alternativas à grama natural, que não se mantém durante a seca. A iniciativa, no entanto, gerou opiniões divergentes entre os cidadãos, com alguns elogiando a redução de custos e outros criticando os impactos ambientais negativos da grama sintética.
Nas redes sociais, moradores expressaram suas preocupações sobre a substituição. Um internauta destacou que a grama natural oferece benefícios ecológicos, como a regulação da temperatura e a melhoria da permeabilidade do solo. Por outro lado, defensores da grama sintética argumentam que ela requer menos manutenção e pode ser uma solução viável para áreas urbanas. O engenheiro agrônomo Marcelo Corte Real alertou que, apesar da resistência do material, sua durabilidade pode ser comprometida pela falta de cuidados adequados.
A aquisição das gramas sintéticas ocorreu por meio de um edital de licitação em abril de 2023, na gestão do ex-prefeito Rogério Cruz, com propostas variando entre R$ 7,7 milhões e R$ 59,5 milhões. A Comurg ainda não respondeu sobre o valor final do contrato ou se haverá manutenção periódica. A polêmica em torno da instalação da grama sintética levanta questões sobre o equilíbrio entre estética urbana e sustentabilidade ambiental em Goiânia.