O Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado (PDUI) da Região Metropolitana de Goiânia (RMG) deve ser legislado nos próximos meses, unindo as metas e instrumentos para os 21 municípios da área. A proposta, apresentada como minuta de projeto de lei, define eixos, diretrizes, macrozonas e programas comuns, transformando decisões sobre transporte, saneamento e uso do solo em políticas regionais coordenadas. Essa mudança é obrigatória, conforme o Estatuto da Metrópole, e visa criar condições institucionais e financeiras para a execução das Funções Públicas de Interesse Comum (FPICs). A minuta estabelece um macrozoneamento metropolitano comum, que servirá como referência para a compatibilização dos planos diretores municipais.
A região metropolitana abrange cidades como Goiânia, Aparecida de Goiânia e Trindade, entre outras. O plano propõe uma reorganização da governança metropolitana, com a criação do Conselho de Desenvolvimento Metropolitano (Codemetro) e do Fundo de Desenvolvimento Metropolitano (FDM). Além disso, um banco de dados interligado ao Sistema Integrado de Bases Geoespaciais do Estado de Goiás (Geobases) será criado para facilitar a gestão e transparência. A professora Maria Ester de Souza destaca que o maior desafio será a governança, exigindo colaboração entre as 21 prefeituras para a implementação do plano.
Desde sua fundação em 1933, Goiânia já passou por cinco planos diretores, sendo o mais recente aprovado em 2022. A atualização do PDUI reflete as mudanças demográficas e urbanas da região, com foco em um desenvolvimento mais equilibrado entre os municípios. Especialistas ressaltam a importância de evitar a concentração excessiva de serviços e infraestrutura na capital, promovendo múltiplas centralidades. O processo de debate público sobre a minuta deve durar cerca de quatro meses, permitindo contribuições da sociedade civil e ajustes necessários antes da aprovação final.