Em pronunciamento no Plenário nesta terça-feira (26), o senador Eduardo Girão (Novo-CE) denunciou o avanço do crime organizado no Brasil, afirmando que dez das doze cidades mais violentas do país estão localizadas em estados administrados pelo Partido dos Trabalhadores (PT). O senador destacou a situação crítica no Ceará, onde facções criminosas atuam como um poder paralelo, promovendo a expulsão de moradores e extorsão de comerciantes, além de controlar atividades econômicas, como o comércio de água de coco em Fortaleza.
Girão relatou episódios alarmantes de violência, incluindo ameaças a ambulantes que são forçados a comprar produtos apenas de depósitos ligados ao crime organizado. Ele mencionou assassinatos em municípios do interior do estado, como Itapajé, e criticou a falta de resposta do governo federal a seu pedido de intervenção das forças de segurança no Ceará, que permanece sem ação há seis meses. O senador argumentou que a presença da Guarda Nacional seria crucial para melhorar a sensação de segurança na região.
Além disso, Girão apresentou dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que indicam que as facções criminosas movimentam mais de R$ 400 bilhões anualmente em atividades formais, superando os lucros do tráfico de drogas. Ele também citou informações da Secretaria Nacional de Políticas Penais sobre a existência de 72 facções em atividade no país, evidenciando o crescimento do poder econômico dessas organizações e a necessidade urgente de medidas efetivas para combater a violência.