O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, se pronunciou nesta sexta-feira (1º) durante a cerimônia de abertura do semestre Judiciário, em Brasília. Mendes foi o segundo a falar após o presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, e aproveitou a ocasião para abordar as recentes sanções impostas ao colega Alexandre de Moraes pelo governo dos Estados Unidos, baseadas na Lei Magnitsky.
As sanções, que incluem bloqueio de bens e proibição de transações financeiras, foram anunciadas no início da semana e marcam a primeira vez que um brasileiro e um membro de uma Suprema Corte é alvo dessa legislação, que visa punir abusos de direitos humanos e corrupção. A situação de Moraes é considerada única, pois as motivações para as sanções são de natureza política.
A reação ao ato do governo americano foi rápida e contundente. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva emitiu uma nota de repúdio e tem se reunido com ministros do STF para discutir uma estratégia de defesa. Além disso, figuras proeminentes do Judiciário e da política, como o ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, manifestaram apoio a Moraes, evidenciando a preocupação com a integridade do Judiciário brasileiro.