O ministro Gilmar Mendes, decano do Supremo Tribunal Federal (STF), expressou sua perplexidade em relação à crescente onda de ataques direcionados aos membros da Corte durante a cerimônia de abertura do semestre Judiciário, realizada nesta sexta-feira (1º). Mendes destacou que essas ações representam uma tentativa orquestrada contra o povo brasileiro e enfatizou a importância de defender a soberania nacional em face de ameaças externas.
O decano também se manifestou em defesa do ministro Alexandre de Moraes, que tem sido alvo de críticas infundadas. Mendes elogiou a 'prudência e assertividade' do trabalho de Moraes, ressaltando que o STF não se submeterá a intimidações e reafirmando o compromisso da Corte com a Constituição. Ele condenou as hostilidades que desrespeitam os princípios de civilidade nas relações sociais e institucionais.
Além disso, Mendes fez críticas a um deputado federal, sem citar nomes, que teria fugido do país para difundir ataques contra o STF, caracterizando essa atitude como um ato de lesa-pátria. A declaração ocorre em um contexto de sanções impostas pelos Estados Unidos ao ministro Moraes, que se tornou o primeiro brasileiro a ser sancionado sob a Lei Magnitsky, gerando reações de apoio a Moraes por parte de outros ministros do STF e do governo brasileiro, incluindo o presidente Lula, que repudiou as medidas.
As sanções, que incluem bloqueio de bens e proibição de transações financeiras, foram motivadas por questões políticas, o que intensificou o debate sobre a proteção das instituições democráticas no Brasil. A situação evidencia a tensão entre o Judiciário e pressões externas, além de destacar a necessidade de um posicionamento firme em defesa da autonomia do STF.