Em entrevista à CNN nesta quinta-feira (21), Gilberto Waller, presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), afirmou que a relatoria da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre descontos indevidos, agora sob responsabilidade de um parlamentar da oposição, não altera a postura do órgão. “Para a gente, pouco muda. A ideia do INSS é colaborar com quem quer que seja, seja a Polícia Federal, o Ministério Público Federal ou a CPMI”, declarou Waller durante o programa CNN 360º.
Waller destacou que o INSS está comprometido em esclarecer os fatos e garantir transparência nas investigações. Ele também mencionou que não houve contato com parlamentares sobre a CPMI e reafirmou a intenção de fornecer informações a todos que buscarem. A CPMI foi instalada no dia 20 de agosto e terá um prazo de 180 dias para investigar fraudes bilionárias que afetam aposentados e pensionistas, composta por 16 deputados e 16 senadores.
A instalação da CPMI ocorre em um contexto político tenso, onde a oposição conseguiu derrotar as indicações dos líderes do Senado e da Câmara para a presidência e relatoria da comissão. Além disso, a Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou que as investigações sobre as fraudes deixem a relatoria do ministro Dias Toffoli no Supremo Tribunal Federal (STF), indicando uma possível reviravolta nas investigações.