Ghislaine Maxwell, ex-namorada do financista Jeffrey Epstein, moveu uma ação para impedir a divulgação dos registros do júri relacionados ao seu caso de tráfico sexual, conforme afirmaram seus advogados nesta terça-feira, 5. Os promotores, por sua vez, pressionam a Justiça para liberar parte desses documentos, que geram intenso interesse público e político. Os advogados de Maxwell alegam que ela não teve acesso ao material, uma vez que o processo ocorreu a portas fechadas, e se opõem à liberação das transcrições, que consideram repletas de boatos e baseadas em depoimentos sem a possibilidade de questionamento por parte da defesa.
Os procuradores buscam atender ao clamor por transparência, argumentando que a maior parte das informações já foi amplamente divulgada durante o julgamento de Maxwell e em declarações públicas de vítimas. Eles ressaltam que apenas dois agentes da lei prestaram depoimento ao júri e que não pretendem divulgar anexos apresentados junto aos depoimentos, mas apenas as transcrições. Apesar de tentativas de minimizar as expectativas sobre novas revelações, os promotores afirmaram que não divulgarão provas coletadas durante a investigação de Epstein.
Este embate ocorre seis anos após a morte de Epstein, que se suicidou na prisão enquanto aguardava julgamento por tráfico sexual, e quatro anos após a condenação de Maxwell por aliciar menores. Enquanto isso, aliados do ex-presidente Donald Trump têm solicitado maior transparência no caso, e o Comitê de Supervisão da Câmara dos Deputados intimou o Departamento de Justiça a entregar documentos relacionados ao caso, convocando também depoimentos de figuras proeminentes como Bill e Hillary Clinton. Ambos negam qualquer envolvimento nos crimes de Epstein, que foram revelados apenas após suas acusações formais.