O Departamento de Justiça dos Estados Unidos divulgou transcrições de entrevistas realizadas com Ghislaine Maxwell, ex-associada de Jeffrey Epstein, durante dois dias em julho. Maxwell, que cumpre uma pena de 20 anos por tráfico sexual, foi interrogada em um contexto de crescente pressão política para a divulgação dos chamados ‘arquivos Epstein’, que envolvem figuras proeminentes, incluindo o ex-presidente Donald Trump. A divulgação das transcrições ocorre em meio a um turbilhão político, com críticas tanto de democratas quanto de republicanos à administração Trump por sua recusa em liberar informações sobre o caso.
Durante as entrevistas, Maxwell foi questionada sobre sua relação com Epstein e sua interação com Trump. Ela negou ter apresentado Epstein a menores e afirmou que não havia uma lista de clientes, desafiando as alegações que circulam sobre um suposto ‘livro negro’ contendo os nomes de pessoas influentes envolvidas em atividades ilícitas. Apesar de suas tentativas de distanciar Trump de Epstein, as declarações de Maxwell contradizem relatos anteriores do ex-presidente sobre sua relação com Epstein e as acusações feitas por vítimas.
As implicações das declarações de Maxwell são significativas, pois podem influenciar a percepção pública sobre a administração Trump e suas conexões com Epstein. A negativa de Maxwell sobre a existência de uma lista de clientes e suas tentativas de minimizar a relação entre Trump e Epstein podem ser vistas como uma estratégia para proteger o ex-presidente em meio a um clima político tenso. A situação continua a evoluir, com a possibilidade de novas revelações à medida que mais informações sobre o caso são divulgadas.