O levantamento do Itaú BBA, realizado entre 18 e 22 de agosto, revela que a confiança dos gestores em relação ao Ibovespa melhorou, com quase metade dos investidores prevendo que o índice encerrará o ano entre 140 mil e 150 mil pontos. A pesquisa, que ouviu 131 investidores, mostra que 69% têm uma visão positiva para os próximos seis meses, embora a taxa média de confiança tenha sido de 7,03 em uma escala de zero a dez, o segundo maior desde o início de 2024.
Apesar do otimismo em relação ao Ibovespa, os gestores permanecem cautelosos e concentram suas apostas em setores considerados defensivos, como utilities e grandes bancos. Mais da metade dos entrevistados expressou preocupação com as contas públicas brasileiras nos próximos 18 meses, citando aumento de gastos e piora do déficit primário. Além disso, a expectativa de queda na taxa nominal de 10 anos para 12,9% em média reflete um cenário de incertezas econômicas.
As implicações desse levantamento indicam que, embora haja uma melhora no humor do mercado, os investidores estão atentos a fatores macroeconômicos que podem impactar suas decisões. A divisão entre setores defensivos e aqueles menos favorecidos, como commodities e consumo, sugere uma estratégia cautelosa em um ambiente econômico volátil. O Nubank se destaca como uma das ações com maior potencial de valorização nos próximos meses, refletindo o interesse contínuo em inovações no setor financeiro.