Um estudo recente da Harris Poll revela que a Geração Z, composta por jovens nascidos a partir de 1997, está cada vez mais resgatando hábitos e referências culturais da década de 1990. A pesquisa, realizada em 2023, aponta que 80% dos entrevistados expressam preocupação com a dependência excessiva da tecnologia, enquanto 75% temem os impactos das redes sociais na saúde mental. Além disso, 60% prefeririam ter vivido em uma época sem conexões digitais permanentes, mesmo que anterior ao seu nascimento.
Esse fenômeno, classificado como nostalgia histórica por especialistas, ajuda a explicar o crescimento de mercados como o de discos de vinil, CDs, livros físicos e jogos de tabuleiro. A valorização de itens considerados “retrô” oferece experiências mais táteis e coletivas em comparação ao consumo digital. O movimento não se limita a uma recuperação de memórias individuais, mas reflete um olhar para o passado como contraponto às pressões do presente.
Embora haja debate entre especialistas sobre os benefícios ou as idealizações dessa tendência, sua manifestação já é concreta em diversos setores culturais e de consumo. O retorno a hábitos dos anos 1990 pode ser visto como uma resposta à saturação digital e à busca por conexões mais significativas entre os jovens da Geração Z.