Geólogos descobriram a água mais antiga da Terra, com 2,6 bilhões de anos, em uma mina localizada a quase 3 quilômetros abaixo da superfície. A geóloga Barbara Sherwood Lollar, que participou da pesquisa, teve a coragem de experimentar o líquido, que apresentou um sabor salgado e amargo. Análises laboratoriais confirmaram que essa água é retida em rochas profundas e contém vestígios de vida microbiana.
A equipe de Lollar publicou um artigo na revista Nature, explicando como a água se acumula em pequenas poças dentro das rochas ao longo de bilhões de anos. Os pesquisadores encontraram indícios de que micróbios podem ter produzido fluidos nessa água antiga, revelando uma impressão digital que sugere a presença de vida. O sulfato encontrado não é moderno, mas resultado de reações entre água e rocha no local.
Essa descoberta pode ter implicações significativas para a busca de vida em Marte e outros planetas. Lollar destaca que se a água em Timmins pode sustentar vida, é possível que condições semelhantes existam em Marte. A pesquisa abre novas perspectivas sobre como a vida pode prosperar em ambientes extremos, tanto na Terra quanto além dela.