Em uma operação controversa, a Guarda Civil Metropolitana (GCM) de São Paulo executou um despejo contra o Teatro de Contêiner no dia 19 de agosto de 2025. A ação, marcada por imagens que mostram agentes utilizando gás de pimenta e apontando armas para os presentes, gerou indignação entre os integrantes do coletivo cultural e defensores dos direitos humanos. Sob a gestão do prefeito Ricardo Nunes, o episódio levanta preocupações sobre a abordagem da administração municipal em relação à cultura e aos movimentos sociais na cidade.
A operação ocorreu em meio a um contexto de crescente tensão entre a prefeitura e grupos culturais que ocupam espaços públicos. O Teatro de Contêiner, que se tornou um símbolo de resistência cultural na região da Cracolândia, enfrenta agora desafios não apenas para sua continuidade, mas também para a preservação do espaço cultural que representa. A ação da GCM foi amplamente criticada por ativistas e cidadãos que veem nela uma violação dos direitos dos artistas e uma demonstração da falta de diálogo entre o governo e a sociedade civil.
As implicações desse despejo vão além do incidente isolado, refletindo uma política pública que pode impactar negativamente a cena cultural paulistana. O uso da força pela GCM pode desencadear protestos e mobilizações em defesa da cultura e dos direitos humanos, além de provocar um debate mais amplo sobre a necessidade de políticas que respeitem e incentivem a diversidade cultural na cidade. O futuro do Teatro de Contêiner agora está incerto, mas sua luta pode inspirar outras iniciativas em busca de reconhecimento e respeito por espaços culturais alternativos.