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Gaza registra mais mortes de jornalistas do que qualquer guerra na história

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

Desde o início do conflito em Gaza em 7 de outubro de 2023, 246 jornalistas perderam a vida, tornando esta campanha militar a mais letal para profissionais da imprensa na história. Os dados, compilados pela Universidade Brown, indicam que o número de mortes supera a soma das perdas em conflitos históricos, incluindo as guerras mundiais e a do Vietnã. O último ataque resultou na morte de cinco repórteres durante um bombardeio em Khan Yunis, evidenciando a gravidade da situação.

O estudo destaca que, desde a década de 2000, governos e grupos armados têm restringido a cobertura jornalística em zonas de conflito, criando uma cultura de impunidade. Além das mortes, o Sindicato dos Jornalistas da Palestina reporta 206 casos de prisão e detenção de jornalistas desde outubro, com 55 ainda detidos. A diminuição do número de correspondentes estrangeiros também prejudica a cobertura e o entendimento global sobre os conflitos.

Na próxima segunda-feira (1º), mais de 150 veículos de comunicação de 50 países participarão de uma mobilização coordenada pela Repórteres Sem Fronteiras e pelo movimento Avaaz. O objetivo é condenar os crimes contra jornalistas palestinos e exigir proteção e acesso à imprensa na Faixa de Gaza. A situação crítica dos repórteres locais ressalta a necessidade urgente de ações para garantir a liberdade de imprensa e a segurança dos profissionais na região.

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