O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou que a incerteza no mercado internacional deve diminuir à medida que as tarifas dos Estados Unidos se consolidam. Durante sua palestra na abertura do 33º Congresso e Expo Fenabrave, realizado em São Paulo, ele reiterou que o câmbio flutuante é uma linha de defesa crucial para a economia brasileira e que não há interferência da autoridade monetária no mercado de câmbio.
Galípolo ressaltou que o Brasil possui uma economia menos dependente da americana e uma pauta de exportação diversificada, o que o torna menos vulnerável a um ciclo de expansão da economia dos EUA. Ele também mencionou que, embora seja cedo para determinar se as mudanças atuais são permanentes ou temporárias, a incerteza gerada pelas decisões de política econômica dos Estados Unidos é mais prejudicial do que as tarifas impostas.
O presidente do BC destacou a centralidade da economia norte-americana, que representa cerca de 25% do PIB mundial e 50% dos ativos financeiros globais. Ele alertou que essa centralidade torna o mercado americano praticamente inescapável para investidores, especialmente em um contexto de revolução tecnológica impulsionada pela inteligência artificial. Galípolo concluiu que a redução da incerteza será fundamental para decisões de investimento e consumo no Brasil.