O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou nesta quarta-feira (27) em São Paulo que a taxa Selic deve permanecer elevada por um longo período, atualmente fixada em 15% ao ano. Durante sua participação no 33º Congresso & Expo Fenabrave, ele ressaltou a importância de uma política monetária restritiva para manter a inflação dentro da meta estabelecida pelo Copom, que é de 3%, com uma margem de variação de 1,5% para cima ou para baixo.
Galípolo explicou que o processo de convergência da inflação para a meta tem sido lento, o que justifica a necessidade de manter a Selic em um patamar restritivo. Ele também destacou que o Brasil continua apresentando crescimento econômico, mesmo com a alta taxa de juros, atribuindo isso à resiliência da renda e ao menor nível de desemprego da série histórica, que chegou a 5,8%. Essa combinação pode estar impulsionando uma demanda mais forte no mercado.
As declarações de Galípolo indicam um cenário desafiador para a economia brasileira, onde a manutenção da taxa de juros elevada busca controlar a inflação, mas também levanta questões sobre o crescimento econômico sustentável. A resiliência do mercado de trabalho e o aumento da renda são fatores positivos, mas o Banco Central enfrenta o desafio de equilibrar a política monetária para garantir a estabilidade econômica no país.