A Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc) anunciou na noite de sexta-feira (22) que não emitirá notificações de rescisão de contratos com colaboradores, fornecedores ou prestadores de serviços enquanto a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) não definir formalmente a composição dos valores em aberto e garantir os direitos trabalhistas. A fundação destaca que a prefeitura fez repasses financeiros às novas gestoras, mas não quitou a dívida, inviabilizando o cumprimento de obrigações trabalhistas e com fornecedores.
Este impasse marca o fim de 13 anos de gestão das maternidades públicas de Goiânia pela Fundahc. Na mesma data, a prefeitura autorizou a entrada das novas gestoras, mas as maternidades enfrentaram problemas graves, como a falta de anestesistas e insumos básicos. A Fundahc reclama que não pode realizar os acertos trabalhistas sem o pagamento dos valores atrasados, que se referem a serviços prestados anteriormente e não pagos pela gestão anterior.
As implicações dessa situação são sérias, com o secretário municipal de Saúde, Luiz Pellizzer, alertando para o risco de colapso nos serviços. A SMS decidiu acelerar a transição para garantir a continuidade da assistência à saúde materno-infantil, mas ainda não há clareza sobre como será a convivência entre as novas gestoras e a Fundahc após o prazo estipulado para a transição. A situação permanece tensa, com a população em risco devido à falta de insumos e serviços essenciais nas maternidades.