A Players’ Justice Foundation (JFP) protocolou nesta segunda-feira (4 de agosto de 2025) uma ação coletiva contra a FIFA, alegando violações de direitos trabalhistas na União Europeia. A iniciativa surge após o Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE) declarar ilegais as regras da federação que dificultam a rescisão contratual dos atletas, afetando jogadores profissionais desde 2002.
O processo tem como base a decisão do TJUE relacionada ao caso do jogador Lassana Diarra, que buscou encerrar unilateralmente seu contrato com o Lokomotiv Moscou para se transferir ao Charleroi, na Bélgica. O tribunal europeu concluiu que as normas da FIFA criam obstáculos excessivos à rescisão sem "justa causa", infringindo a legislação de concorrência e o direito à livre circulação de trabalhadores na União Europeia.
A JFP estima que cerca de 100 mil jogadores podem ter enfrentado perdas financeiras devido às restrições impostas pela FIFA nas últimas duas décadas. O caso será analisado no Tribunal Distrital de Midden-Nederland, onde a fundação apresentará argumentos em nome dos atletas prejudicados. A decisão do TJUE pode estabelecer um importante precedente para futuras disputas trabalhistas no futebol europeu.