A frota naval dos Estados Unidos, que havia sido enviada ao Caribe em resposta ao aumento das tensões com a Venezuela, retornou ao porto de Norfolk, na Virgínia, no dia 19 de agosto. A decisão foi tomada para evitar os impactos do furacão Erin, que avançava pela Costa Leste dos EUA. O grupo naval, composto por três embarcações, havia deixado Norfolk apenas cinco dias antes e sua mobilização era considerada significativa por marcar a primeira operação de prontidão anfíbia em oito meses.
O envio da frota ocorreu após uma determinação do presidente Donald Trump para intensificar o combate a cartéis de drogas estrangeiros, aumentando as especulações sobre uma possível ação militar na Venezuela. A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que Washington usará “toda a força” contra o regime de Nicolás Maduro, acusado de liderar uma rede de narcotráfico internacional. Em resposta, Maduro mobilizou paramilitares e acusou os EUA de preparar uma intervenção.
Apesar da tensão política, a decisão de recolher os navios foi motivada pela força do furacão Erin, que chegou a atingir a categoria 5 antes de ser rebaixado para categoria 2. A previsão indica que Erin deve impactar inicialmente a Flórida e seguir pela Costa Leste americana. A frota pode retornar ao Caribe em 24 de agosto, mas não está claro se já iniciou o movimento em direção às águas próximas à Venezuela.