O frio prolongado na Região Serrana do Espírito Santo tem gerado preocupações entre os agricultores, afetando diretamente a produção de tomate. Em municípios como Afonso Cláudio e Venda Nova do Imigrante, as temperaturas mínimas caíram para 9,7ºC e 6,1ºC, respectivamente, comprometendo o desenvolvimento das plantas e aumentando o tempo de colheita. Como resultado, a produção deste ano deve ser 35% menor em comparação ao ano passado, quando foram colhidas cerca de 380 toneladas.
Os produtores enfrentam um cenário desafiador, com a colheita já naturalmente reduzida no inverno. Cássio Gobbi, um dos agricultores da região, destacou que o ciclo de maturação dos tomates se estendeu de 70 para 90 dias devido ao frio intenso. Essa situação não apenas diminui a oferta no mercado, mas também provoca um aumento significativo nos preços, que saltaram de R$ 58 para R$ 97 por 9 kg em Vitória. A escassez de tomates pode impactar as vendas durante o Natal, uma época de alta demanda.
Para mitigar os efeitos do clima adverso, especialistas sugerem o uso de estufas para controlar melhor as condições de cultivo. Evaldo de Paula, extensionista do Incaper, ressaltou que a tecnologia no campo tem avançado, tornando a região referência nacional em qualidade e produtividade. No entanto, os agricultores ainda enfrentam desafios significativos devido às condições climáticas extremas que afetam a produção e a rentabilidade.