Quinze pessoas, entre policiais civis e despachantes veiculares, foram condenadas por participação em um esquema de corrupção no Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran/MG). O caso foi desmantelado pela Operação Êxodo, realizada em 2019 pelo Ministério Público, e as penas somadas ultrapassam 211 anos de prisão. Os réus foram considerados culpados por crimes como organização criminosa, corrupção e falsidade ideológica.
As investigações, que duraram cerca de dois anos, revelaram que a organização criminosa arrecadava até R$ 100 mil mensais por meio de propinas para serviços que deveriam ser realizados pelo Detran. Entre as práticas ilegais estavam a autorização de emplacamentos fora do órgão e a atestação de vistorias não realizadas. O ex-delegado apontado como líder do esquema recebeu uma pena de 19 anos e 1 mês de reclusão.
Além das penas de prisão, os condenados terão que pagar multas que somam R$ 784.506,00 e uma indenização por danos morais coletivos de R$ 200 mil. A perda dos cargos dos policiais envolvidos foi decretada, e tanto os sentenciados quanto o Ministério Público têm o direito de recorrer da decisão. O caso destaca a necessidade de combate à corrupção dentro das instituições públicas.