Em um movimento significativo, França, Reino Unido e Canadá anunciaram planos para reconhecer um Estado palestino em setembro de 2024, após a crescente crise humanitária em Gaza. A decisão ocorre em um contexto de intensificação das restrições israelenses à ajuda humanitária e do fim de uma trégua de dois meses em março, que levou a uma nova rodada de negociações sobre o conflito israelense-palestino.
Os líderes dos três países, incluindo o presidente francês Emmanuel Macron e o primeiro-ministro canadense Mark Carney, expressaram preocupação com a deterioração das condições em Gaza e a possibilidade de que a solução de dois Estados estivesse se esvaindo. Macron, que já havia se oposto a um reconhecimento 'emocional', agora defende uma abordagem mais assertiva, buscando apoio internacional para a causa palestina.
Apesar da hesitação inicial em relação ao reconhecimento, especialmente devido ao temor de prejudicar relações com Israel e os Estados Unidos, as discussões entre os líderes ocidentais continuaram. Macron, Carney e o primeiro-ministro britânico Keir Starmer mantiveram comunicação constante, refletindo a urgência da situação. A proposta de reconhecimento será apresentada na Assembleia Geral da ONU em setembro, com a expectativa de que mais países ocidentais se juntem à iniciativa, enquanto pressões são feitas sobre os Estados árabes para adotarem uma postura mais firme contra o Hamas.