A França convocou seu embaixador nos Estados Unidos após uma carta enviada por Charles Kushner, que acusou o governo francês de não agir adequadamente contra a violência antissemita. O Ministério das Relações Exteriores francês, em um comunicado, classificou as alegações como ‘inaceitáveis’ e ressaltou a importância de implementar leis mais rigorosas contra crimes de ódio. Essa carta foi enviada após o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, criticar Macron por suas declarações sobre o reconhecimento da Palestina, que, segundo ele, alimentam o antissemitismo na França.
Em meio a esse cenário, Emmanuel Macron se destacou como um dos críticos mais veementes da gestão da guerra em Gaza por Netanyahu, especialmente em relação ao número de civis palestinos mortos. A tensão entre os dois países reflete não apenas divergências políticas, mas também a complexidade das relações internacionais no contexto do conflito no Oriente Médio. A situação levanta questões sobre como as políticas externas podem influenciar a dinâmica interna e as percepções de segurança em países europeus.
As implicações dessa convocação podem ser significativas para as relações franco-americanas, especialmente em um momento em que a Europa busca uma posição mais assertiva em questões do Oriente Médio. A resposta da França pode moldar futuras interações diplomáticas e influenciar a opinião pública sobre o papel dos EUA na região. O desdobramento dessa situação poderá impactar tanto a política interna francesa quanto as relações com Israel e a comunidade judaica na Europa.