A Foxconn, reconhecida como a maior fabricante de iPhones para a Apple, alcançou uma virada histórica no segundo trimestre de 2025, ao reportar que sua receita com servidores de inteligência artificial superou, pela primeira vez, a de smartphones. Este novo segmento representou 41% do faturamento total da empresa, enquanto os eletrônicos de consumo ficaram com 35%. Essa mudança sinaliza uma transformação significativa na estratégia da companhia, que há anos era vista como excessivamente dependente dos iPhones.
O presidente do conselho da Foxconn, Young Liu, tem promovido desde 2019 a diversificação dos negócios para incluir áreas como servidores de IA, veículos elétricos e semicondutores. Embora a expansão para veículos elétricos ainda não tenha mostrado resultados expressivos, o sucesso nos servidores de IA é um reflexo das apostas feitas antes do boom da tecnologia com o ChatGPT em 2022. Analistas destacam que a Foxconn já detém quase 40% do mercado global de servidores e projeta um crescimento de 170% na receita desse segmento para o terceiro trimestre de 2025.
A mudança na receita da Foxconn acompanha uma tendência mais ampla no setor tecnológico em Taiwan, onde outras empresas também estão se voltando para servidores de IA. A Wistron e a Quanta Computer, por exemplo, reportaram crescimentos significativos em suas receitas. Essa transformação não apenas altera o panorama da Foxconn, mas também reflete uma nova era na indústria tecnológica, onde a inteligência artificial se torna cada vez mais central.