Um fotógrafo australiano, Ben Alldridge, fez história ao capturar um fenômeno natural inédito: a biofluorescência de um marsupial selvagem na Tasmânia. A imagem, que rendeu a Alldridge um prêmio internacional de fotografia científica neste mês, revela um Dasyurus viverrinus emitindo um brilho visível na escuridão, um comportamento que até então era apenas teórico. A fotografia foi realizada no remoto sudoeste da Tasmânia, utilizando luz ultravioleta para registrar o momento extraordinário.
A imagem mostra o marsupial, conhecido por sua pelagem escura com manchas brancas, apresentando um efeito surpreendente sob luz UV, com partes do corpo emitindo um brilho fluorescente nas tonalidades azul e avermelhada. Especialistas explicam que esse fenômeno ocorre devido à presença de pigmentos que absorvem luz ultravioleta e a reemitem em comprimentos de onda diferentes.
Este registro representa a primeira vez que se documenta a biofluorescência em um marsupial no ambiente selvagem, abrindo novas possibilidades para pesquisas sobre comunicação e adaptação entre esses animais noturnos. A descoberta de biofluorescência em vertebrados terrestres, como o ornitorrinco e sapos arborícolas, já havia ampliado o interesse científico no tema, que pode revelar uma linguagem visual escondida entre espécies, segundo o biólogo molecular Dr. David Gruber, da Universidade da Cidade de Nova York.