Mais de 514 mil pessoas enfrentam fome na Faixa de Gaza, conforme relatório divulgado nesta sexta-feira (22) por um monitor global. A previsão é que esse número ultrapasse 640 mil até o final de setembro, o que representa quase um quarto da população palestina na região. A situação alarmante aumenta a pressão sobre Israel para permitir a entrada de ajuda humanitária no território devastado pela guerra.
O sistema IPC (Classificação Integrada da Fase de Segurança Alimentar) classificou a situação em Gaza como crítica, com cerca de 280 mil pessoas na região norte, incluindo a Cidade de Gaza, já em situação de fome. Outras áreas, como Deir al-Balah e Khan Younis, também devem enfrentar essa condição até o final do próximo mês. Para que uma região seja considerada em situação de fome, é necessário que pelo menos 20% da população sofra de extrema escassez de alimentos.
A análise do IPC ocorre em meio a alertas de líderes globais sobre uma catástrofe humanitária em Gaza, com o secretário-geral da ONU, António Guterres, enfatizando a gravidade da crise. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, também reconheceu a situação crítica, divergindo de membros do seu partido que minimizam a fome na região. A continuidade do conflito entre Israel e o Hamas agrava ainda mais a crise humanitária enfrentada por mais de dois milhões de palestinos em Gaza.