A gestão da Ilha do Campeche, em Florianópolis, conhecida como o ‘Caribe catarinense’, foi transferida para o município, conforme anunciado na segunda-feira (18). Com a criação do Monumento Natural Municipal da Ilha do Campeche, a área de 51 hectares passa a ser uma unidade de conservação, permitindo ao município controlar diretamente o turismo e as ações de preservação. Anteriormente sob a responsabilidade do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a nova gestão busca enfrentar os desafios ambientais que a ilha enfrenta, como a exploração irregular e o excesso de visitantes.
A transformação da Ilha do Campeche em unidade de conservação foi conduzida pela Fundação Municipal do Meio Ambiente (Floram), após um ano de estudos técnicos e consultas públicas. O secretário municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Alexandre Waltrick, destacou que essa mudança é um avanço crucial para garantir a preservação do patrimônio natural e cultural da ilha. A nova gestão permitirá que a visitação continue, mas com limites claros e monitoramento adequado, assegurando que as ações de conservação sejam respeitadas.
Com a nova estrutura de gestão, Florianópolis agora conta com 11 unidades de conservação municipais alinhadas ao Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC). A proposta inclui a criação de um Conselho Gestor participativo e a elaboração de um Plano de Manejo, que deve ser finalizado até o início do próximo ano. A ilha, famosa por suas águas cristalinas e inscrições rupestres, poderá continuar recebendo visitantes, mas de maneira sustentável e compatível com os objetivos de conservação.