O deputado Flávio Bolsonaro (PL-RJ) protocolou um pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em meio a críticas severas sobre a condução de processos judiciais que envolvem sua família. Flávio alega que as ações não respeitam o devido processo legal e acusa Moraes de parcialidade, citando sanções impostas pelos Estados Unidos como justificativa para sua saída do cargo.
As sanções mencionadas por Flávio foram aplicadas pelo ex-presidente americano Donald Trump, com base na Lei Magnitsky, que visa punir violadores de direitos humanos. Em resposta, Moraes caracterizou as críticas como tentativas de "pseudo-patriotas" para pressionar o STF a arquivar investigações relacionadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, considerando essa pressão um ato tirânico.
Flávio também denunciou a existência de vazamentos seletivos de informações que, segundo ele, têm como objetivo prejudicar a imagem de sua família. Ele comparou a situação de seu pai à de Luiz Inácio Lula da Silva, que teve sua condenação anulada, afirmando que a perseguição política contra os Bolsonaro é semelhante à que Lula enfrentou no passado.
O pedido de impeachment surge em um contexto de intensos debates sobre a imparcialidade do Judiciário e a relação entre os poderes no Brasil, especialmente após medidas cautelares impostas a Jair Bolsonaro em um inquérito que investiga a atuação de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos.