A Fitch Ratings reafirmou nesta sexta-feira, 22, a nota de crédito de longo prazo em moeda estrangeira dos Estados Unidos em ‘AA+’, com perspectiva estável. O comunicado da agência ressalta que essa classificação reflete a robustez da economia americana, a alta renda per capita e a flexibilidade financeira proporcionada pelo dólar como moeda de reserva global. Contudo, a Fitch também apontou limitações significativas, como déficits fiscais elevados e um crescente encargo com juros, que superam a mediana da categoria ‘AA’.
A Fitch projetou que os déficits do governo dos EUA permanecerão altos, com previsões de 6,9% do PIB em 2025, aumentando para 7,8% em 2026 e 7,9% em 2027. Além disso, a dívida pública deve atingir 124% do PIB até o final de 2027, mais que o dobro da mediana ‘AA’. A agência criticou a falta de medidas significativas por parte do governo para enfrentar esses desafios fiscais e o aumento dos gastos relacionados ao envelhecimento da população.
Embora a nota soberana tenha sido mantida, a Fitch alertou que um aumento considerável da dívida ou uma erosão na credibilidade da política macroeconômica poderia resultar em um rebaixamento. Por outro lado, a agência indicou que um ajuste fiscal eficaz poderia melhorar a classificação, reduzindo a relação entre dívida e PIB. O teto de classificação do país permanece em ‘AAA’.