Os filhos do empresário Rodolfo Marco Bonfiglioli, que faleceu em setembro de 2024, estão em meio a uma acirrada disputa judicial pela divisão de sua herança milionária. Cláudia Bonfiglioli acusa seu irmão, Alberto Bonfiglioli, de ocultar quase R$ 1 bilhão em bens que deveriam ser incluídos no inventário, alegando que ele forjou dívidas e vendeu obras de arte avaliadas em R$ 22 milhões, fazendas e louças de prata. Alberto, por sua vez, nega as acusações e afirma que as vendas foram necessárias para custear a internação do pai.
A disputa começou no mesmo dia da morte de Rodolfo, quando Alberto protocolou o pedido para abertura do inventário. Cláudia, fundadora da Casa Hope, uma instituição beneficente dedicada ao tratamento de crianças com câncer, alega que foi excluída dos negócios da família e que seu irmão não se preocupou com o estado de saúde do pai. O caso destaca não apenas a complexidade das relações familiares em situações de herança, mas também as tensões que podem surgir em torno da gestão de bens significativos.
As implicações dessa disputa vão além da esfera familiar, podendo afetar a reputação das empresas ligadas à família Bonfiglioli, como o Banco Auxiliar e a Companhia Industrial de Conservas Alimentícias (CICA), famosa pelo molho de tomate Elefante. A resolução desse conflito pode estabelecer precedentes sobre a transparência na administração de heranças e a responsabilidade dos curadores em relação aos bens familiares.