Na quinta-feira, 14 de agosto, Larissa Cristine dos Santos de Souza, filha do prefeito afastado de São Bernardo do Campo, Marcelo Lima, foi nomeada para um cargo na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) pela deputada Carla Morando. A nomeação ocorreu no mesmo dia em que Lima foi alvo de uma operação da Polícia Federal, que investiga um esquema de corrupção envolvendo secretarias municipais. A deputada defendeu a legalidade da contratação, afirmando que Larissa não está relacionada à investigação em curso e que todo o processo foi pautado na transparência e responsabilidade.
Larissa já atuava na Alesp desde 2019 e sua transferência para o gabinete de Carla Morando gerou controvérsias, especialmente considerando o contexto da operação da PF. O relatório da investigação menciona a outra filha do prefeito, Gabriele, cujos gastos foram incluídos nas anotações contábeis do esquema. A operação, denominada Estafeta, visa desmantelar um esquema de corrupção que teria movimentado milhões em propinas e desvios na cidade.
As implicações dessa nomeação podem ser significativas, uma vez que a relação entre a política local e os escândalos de corrupção continua a ser um tema sensível em São Bernardo do Campo. A defesa da deputada Morando sobre a legalidade da contratação pode não ser suficiente para dissipar as dúvidas sobre a ética envolvida, especialmente em um momento em que a confiança pública nas instituições está em xeque. A situação destaca a necessidade de maior vigilância e transparência nas nomeações políticas em meio a investigações de corrupção.