Lara Prado, filha do fotógrafo Alex Silva, manifestou sua indignação em um vídeo publicado nas redes sociais no último domingo (17), criticando a demissão de seu pai pelo jornal O Estado de S. Paulo. Alex Silva foi o responsável por uma fotografia que capturou o ministro do STF, Alexandre de Moraes, fazendo um gesto obsceno durante uma partida entre Corinthians e Palmeiras, realizada na Neo Química Arena, em São Paulo, no dia 30 de julho. Lara revelou que seu pai foi informado sobre o desligamento por motivos administrativos uma semana após a publicação da imagem, sem maiores explicações.
O Estadão, por sua vez, alegou que a demissão já estava planejada e não tinha relação com a fotografia. Lara contestou essa afirmação, destacando que o material foi enviado ao jornal no mesmo dia em que os Estados Unidos acionaram a Lei Magnitsky contra Moraes. Ela também mencionou que o Estadão vendeu a foto para outros veículos, como a Folha de S.Paulo, que a colocou na capa, enquanto o Estadão não fez o mesmo.
Esse episódio levanta questões sobre a liberdade de imprensa e as pressões enfrentadas por jornalistas e fotógrafos em situações delicadas. A crítica de Lara à demissão de seu pai pode ressoar com outros profissionais da área que se sentem ameaçados por decisões editoriais que podem estar ligadas a interesses políticos ou comerciais. A repercussão desse caso pode gerar um debate mais amplo sobre ética na cobertura jornalística e as consequências para aqueles que trabalham na linha de frente da informação.