A startup de design Figma, com sede em São Francisco, anunciou na quinta-feira (31) sua oferta pública inicial (IPO), planejando levantar US$ 1,2 bilhão (R$ 6,72 bilhões) e alcançando uma avaliação superior a US$ 19 bilhões (R$ 106,4 bilhões). A movimentação ocorre após a falha na aquisição pela Adobe, avaliada em US$ 20 bilhões (R$ 112 bilhões), que foi barrada por questões antitruste em janeiro de 2024.
Após o insucesso da negociação, o cofundador e CEO Dylan Field tomou medidas para estabilizar a empresa, reduzindo sua avaliação interna para US$ 10 bilhões (R$ 56 bilhões) e oferecendo um pacote de saída a funcionários, do qual apenas 4% dos 1.300 empregados optaram por aceitar. Segundo investidores, essa estratégia visava preparar a Figma para um futuro como uma startup independente, resultando em uma equipe motivada e focada no desenvolvimento de novos produtos.
Com o IPO, as ações da Figma fecharam a US$ 115,50 (R$ 646,78) no primeiro dia de negociação, mais que o triplo do preço inicial de US$ 33 (R$ 184,79). O sucesso da listagem elevou a fortuna de Field para US$ 6,4 bilhões (R$ 35,84 bilhões) e tornou seu cofundador Evan Wallace um bilionário, com patrimônio estimado em US$ 3,1 bilhões (R$ 17,36 bilhões).
Field, que cofundou a Figma em 2013, ainda mantém controle sobre a empresa, mesmo após a abertura de capital. Ele possui direitos de voto sobre as ações de Wallace, que valem quase US$ 900 milhões (R$ 5,04 bilhões) com base no preço do IPO. O executivo poderá desbloquear ações adicionais avaliadas em US$ 1,3 bilhão (R$ 7,28 bilhões) nos próximos dez anos, dependendo do desempenho das ações da empresa.