A Fiemg, Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais, manifestou sua preocupação nesta quarta-feira (20) em relação à decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de aumentar a tarifa sobre produtos derivados de aço e alumínio para 50%. A medida, anunciada na terça-feira (19), abrange 407 itens e, embora não seja específica contra o Brasil, gera apreensão sobre seus efeitos em setores estratégicos da economia nacional.
A Fiemg destacou que o setor siderúrgico brasileiro já é um dos mais afetados pela política tarifária dos EUA e que a siderurgia é crucial para as exportações de Minas Gerais. A entidade enfatizou que a nova tarifa pode impactar negativamente outros segmentos, como o automotivo, que já enfrenta tarifas de 25% e pode ver suas autopeças incluídas na nova alíquota. A lista de produtos afetados representa cerca de 10% das exportações brasileiras para os EUA entre 2020 e julho de 2025.
Além disso, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, anunciou uma mudança nas regras de taxação que pode beneficiar as exportações brasileiras, reduzindo a sobretaxa de 50% para 25% sobre o conteúdo de aço e alumínio em produtos industrializados. A Fiemg considera essencial monitorar os desdobramentos dessa situação em um cenário já desafiador para o comércio internacional.